quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Apresentação musical NAVEGANDO PELA VIDA



A apresentação musical “Navegando pela Vida” foi realizada no dia 03 de agosto de 1987, no palco do teatro Jesiel Figueiredo, na lateral da igreja de São Pedro. O teatro já não mais existe por decisão dos padres da congregação religiosa Sagrada Família.


Lá se vão vinte e três anos de minha primeira apresentação musical, e que foi fruto da oportunidade dada pelo projeto “Espaço Aberto”, da Secretaria de Cultura de Natal. O projeto sob a responsabilidade da compositora e cantora Ana Fernandes, na gestão do secretário de cultura Gileno Guanabara, administração Garibaldi Filho, oferecia espaço aos compositores e cantores iniciantes na arte musical potiguar, juntamente com ingressos, propaganda e veiculação em rádios locais, além de toda a estrutura ( palco, iluminação  e instrumentos) para a apresentação musical.

A minha decisão de participar teve o apoio significativo de meu professor de violão, à época, Lucinaldo Lucas (in memoriam) filho do mestre fabricante de violões que residia por trás do colégio Imaculada Conceição, no bairro da Cidade Alta.


Luiz Cláudio e Helena

Lucinaldo Lucas se encarregou de arrebanhar alguns dos músicos participantes da banda, além da participação fundamental do baixista Leonardo Teixeira, funcionário dos Correios em Natal e integrante da banda Mecanismo Sísmico, como também de Helena, flautista que tocou e teve participação vocal em algumas canções.

No leque de composições que integraram a apresentação, foram cantadas parcerias com os meus amigos Iúri de Andrade (in memoriam), com as músicas Razão de um Ato e Mistérios do Mar, assim como Lua do Escurecer, parceria com Ângela Catharine.


Iúri de Andrade

O folder entregue ao público foi produzido na Gráfica Santa Maria, do empresário tourense Ivanaldo Henrique Bezerra, além do apoio da Livraria Clima e do Armarinho Patrícia, comércio existente em Touros, à época.



O cenário da apresentação, de autoria do artista plástico Marcelino (in memoriam) funcionário do Colégio das Neves, teve como referência as belezas naturais da praia de Touros e o prospecto de apresentação contou com um comentário do compositor João Galvão:

“Há uma nova trupe de compositores, grupos e cantores no ar. Bastou o incentivo mínimo, a fresta, a janela, o espaço aberto e eles abriram as gavetas, desensacaram as violas, guitarras e flautas e desengasgaram de vez. Pé na estrada, companheiros, pois o caminho é longo e a batalha árdua.Hoje há mais um cantando. O povo simples da sua infância é matéria-prima da sua canção, a esperança de dias melhores, profissão de fé, o mar, o céu, cenário dos seus enredos e desenredos. Luiz Cláudio canta a praia, a jangada, o parracho, o tourinho. Touros entrou sem pedir licença na arte deste cantador, é barco que ele navega pela vida, e nunca foi tão importante cantar os cantos daquele canto antes que os velhotes americanos lancem mão. Haja som!”

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Entrevista com Ana Cláudia Moura sobre a greve dos agentes de saúde tourenses



A tourense Ana Cláudia P. de Moura é servidora publica da Prefeitura Municipal de Touros. Tem graduação em Pedagogia, com especialização em Psicopedagogia, e desde o ano 2003 trabalha no PSF - Largo de Nossa Senhora, como Agente Comunitária de Saúde.


1)Quais as condições de trabalho dos Agentes de Saúde no município de Touros? As condições de trabalho que a Prefeitura nos oferta são mínimas. Recebemos fardamento ainda na gestão do governo anterior. Sabemos que é de obrigação do gestor local fornecer fardamento, protetor solar, enquanto recebemos apenas dois durante todo o ano de 2010. Falta  transporte para deslocamento do Agente Comunitário de Saúde - ACS para as micro áreas, falta equipamento e material profissional suficiente para atender, pelo menos, as necessidades básicas  da população.

2) O atual quadro de Agentes de Saúde atende às necessidades da população tourense? Infelizmente não, porque existe deficiência na distribuição das áreas e micro áreas ainda descobertas.

3) Você poderia esclarecer quais as reivindicações da categoria e a posição oficial da Prefeitura? Melhores condições de trabalho, reajuste salarial e melhor atendimento de saúde à população que está sofrendo por falta de atendimento especializado como: cardiologista, oftamologista, psiquiatra, ortopedista, gastro, psicólogo, fisioterapeuta exames de endoscopia dentre outras. A posição da Prefeitura é alegar que não tem condições de reajustar nosso salário por não ter arrecadação própria do município, mas reivindicamos porque sabemos que esse reajuste é um repasse do Governo Federal que vem destinado para a categoria dos Agentes Comunitários de Saúde.

4) Quais as perspectivas do movimento grevista, caso não seja atendido pelas autoridades municipais?   É que seja aberto um canal nas reivindicações, tanto para o servidor quanto para a população, e que a Prefeitura se sensibilize. Os agentes têm uma grande contribuição no programa saúde da família. Caso não haja um avanço nas negociações temos que radicalizar o movimento chamando a atenção da população e também do Ministério Público, Promotoria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e, enfim, todas as autoridades envolvidas com o problema grave em que a saúde publica se encontra, para tentar todos juntos uma solução para todo esse processo de negociação que há mais de dois anos se encontra enterrado.

 5) Qual a mensagem dos Agentes de Saúde para a população, nesse momento de negociações? Pedimos desculpas à população tourense e estamos sensibilizados pelo problema que vá provocar a greve dos ACS, mais que somos obrigados a tomar essas medidas por motivo da Prefeitura não ter apresentado uma proposta que viesse a contemplar os trabalhadores.