terça-feira, 29 de dezembro de 2015

32 anos da Banda Tabelião Júlio Maria

Ontem à noite, 28 de dezembro de 2015, no Centro de Turismo de Touros/RN, tive o prazer de participar das comemorações pelos 32 anos de existência da Banda Tabelião Júlio Maria, oportunidade em que fui agraciado pela referida Banda de Música com um certificado de reconhecimento pela contribuição com a cultura tourense.
Acompanhado pelos excelentes músicos tourenses, interpretei a modinha “Parracho Seco”, de autoria de José Porto Filho.
Agradeço o reconhecimento e diria que: “Do chão que se fez vida, o verso se fez rima”.








FOTOS: Francisco de Assis

domingo, 27 de dezembro de 2015

Memórias da Vila Praieira - 2ª Edição - Touros/RN

Participação minha e de Carlos Penha na 2ª edição no evento Memórias da Vila Praieira, na noite deste sábado, 26 de dezembro de 2015. Uma iniciativa dos jovens músicos de Touros, juntamente com a Banda de Música Tabelião Júlio Maria.
Um esforço para manter viva a cultura tourense.





sexta-feira, 21 de agosto de 2015


O compromisso com o fazer pedagógico

                   Não basta ler Paulo Freire, é preciso pô-lo em prática.

Ontem, 20 de agosto, à noite, participei do I Festival Folclórico e da Cultura Tourense, a convite da Secretaria de Educação do município de Touros.

Na abertura do evento cantei o Hino de Touros, de autoria do prof. Ivanildo Cortez, e na sequência cantei “Tarrafas”, um poema de autoria do folclorista Deífilo Gurgel, falecido em 2012. O poema foi musicado pelo meu parceiro musical Iúri de Andrade, jovem que teve a vida ceifada quando fazia residência médica no estado do Ceará, ainda estudante universitário; na sequência cantei algumas canções de minha autoria.

Após minha apresentação assisti a algumas outras apresentações que aconteceram dentro da programação; minha memória ativava as lembranças da 1ª Semana de Cultura, realizada em janeiro de 1988.

Percebi que o evento era, prioritariamente, para o alunado do município, tão carente de opções culturais, mas a presença desse público era tímida.

A postura de descompromisso com o fazer pedagógico não se justifica nem em caso de divergências políticas que porventura possam existir.

Em tese, alunos e corpo docente das escolas públicas do município eram para estar presentes ao evento e não alunos dispersos nas praças públicas da cidade, aguardando a hora de retorno para suas residências.

Essa seria uma oportunidade ímpar de um trabalho interdisciplinar nas variadas disciplinas contempladas no currículo escolar do Ensino Fundamental.

A atividade de sala de aula não pode cair no burocratismo do simples cumprimento de horário, para atender às exigências da legislação.

Touros precisa crescer qualitativamente e são a educação e o fazer pedagógico, os instrumentos revolucionários de mudança e de transformação para esse contexto tão almejado e desejado.

Além desse crescimento qualitativo faz-se necessária e urgente a formação de público para aprender a ouvir, respeitar e valorizar as manifestações culturais de seu próprio chão.

É preciso que repensemos os nossos conceitos e valores para que possamos contribuir com mudanças significativas.


Como diz o poeta Ivanildo Penha, no encarte do CD Touros: “...um povo que não tem memória é um povo que não tem história, um povo que não tem passado, é um povo que não terá futuro”.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015




O TRANSPORTE NOSSO DE CADA DIA


Administrar o interesse público exige planejamento, seja no âmbito federal, estadual ou municipal.
Em Touros há um completo desrespeito à lei e há falta de planejamento e organização no que tange ao direito dos alunos de usarem o ônibus escolar para irem estudar na capital.
Como se já não bastasse, o início do semestre 2015.2 conta somente com um ônibus para cobrir da UNP da avenida Floriano Peixoto até as faculdades de Ponta Negra, passando pelo anel viário da UFRN, nos dias em que se desloca até Natal.
Há universitários que têm aula a partir das 18h e terminam perdendo a primeira aula, pelo fato de um só transporte chegar com atraso nas instituições citadas.
Além da necessidade de dois ônibus para contemplar o público usuário, esses veículos já deveriam estar revisados e disponíveis antes do período letivo.
Ao contrário disso o percurso é realizado com estudantes em pé, na ida e na volta, tendo inclusive gestantes.
Em função da irregularidade do serviço, muitos educandos nesse início de semestre estão arriscados a perdê-lo pela quantidade de faltas.
Outros, para não perderem suas aulas, fazem uso do ônibus intermunicipal, pagando R$14 reais, por cada percurso, e tendo que pernoitar em Natal, com retorno no dia seguinte.
Justificar que muitos podem realizar essa despesa por conta própria é impróprio, pois educação é direito do cidadão e dever do Estado, seja para filhos do prefeito, vereadores ou de pescadores tourenses.
Já pensou se as universidades públicas federais e os IFs só aceitassem alunos de menor poder aquisitivo? Seria um literal desrespeito à Constituição Federal.
Além do mais, muitos desses alunos pagam mensalidades em instituições privadas com sacrifício.
É preciso que a administração pública municipal tenha visão estratégica, pois a mão de obra que está em busca de qualificação irá servir ao próprio município em um futuro próximo.

sábado, 28 de março de 2015

27 de março, 180 anos de emancipação política do município de Touros



Em se tratando de Touros, um dos pecados que não levarei para a sepultura é o da omissão. Quando não estou me expressando, com certeza estou refletindo sobre algo que pense ser necessário analisar.
O desejo de qualquer gestor público, à frente da administração de um município, estado ou país é coincidir o período de sua gestão com as comemorações públicas em datas popularmente conhecidas como datas redondas. É o caso de Touros, que hoje completa os seus 180 anos de emancipação política.
É lamentável que possamos constatar que não houve nenhuma iniciativa por parte do poder público municipal, em se tratando de um município que tem história e cultura como o município de Touros, no que tange à comemorar significativamente esta data.
Quando falo de comemoração, não me refiro à apresentação de bandas musicais caras em plena praça pública, mas de estimular o debate sobre a história, a cultura, a economia e as perspectivas do município até seu bicentenário, em 2035.
Não seria uma programação cara, mas seria uma programação de conteúdo e que daria a visibilidade merecida ao município, além de estimular os tourenses a refletirem e debaterem o futuro da Esquina do Brasil.
Parece-me que comemorar essas datas somente tem sentido se existirem as condições econômico/financeiras para a política do pão e circo. "Festa, festa e festa", sem conteúdo algum.
Lembra-me a reflexão do antropólogo Roberto da Mata, em uma entrevista sobre o sentido de comemorar o carnaval. Antecipadamente digo que nada tenho contra a grande festa popular, já que também brinco. Roberto da Mata argumentava que não tem o que se comemorar no carnaval. Se brinca desvairadamente, sem uma motivação maior, ao contrário de celebrar uma data específica.
É o caso de Touros. A terra por onde começou a história registrada do Rio Grande do Norte, a partir de 07 de agosto de 1501, com a chegada do Marco de Touros; a terra que tem o Farol do Calcanhar, o maior do Brasil; a terra aonde aterrissaram os pilotos italianos, Ferrarim e Del Prete, em 05 de julho de 1928, em voo direto da Itália para o Brasil.
O que tenho a dizer que os filhos de Touros não merecem isso, muito menos sua cultura e história, neste 27 de março em que se comemoram os 180 anos de emancipação política do município.


Parabéns minha querida e eterna Touros.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015


A IMPORTÂNCIA DE UMA BIBLIOTECA PÚBLICA - Luiz Penha

O maior investimento que uma família pode oferecer a um filho é a oportunidade de uma educação de qualidade.

O maior compromisso de qualquer gestor público é oferecer uma educação de qualidade à sua população.

Neste sentido, a biblioteca pública é um equipamento fundamental para a socialização e para a formação intelectual das novas gerações.

Assim sendo, a biblioteca não pode ser um ambiente amontoado de livros desordenados, sem iluminação condizente e sem ventilação.

O espaço de uma biblioteca deve ser um lugar bem iluminado, prazeroso, agradável, ventilado e/ou climatizado, além de silencioso.

Além de servir como suporte na formação intelectual de crianças e jovens, fruto de uma política de estímulo à leitura, a biblioteca pode ser um equipamento disponível para visitantes e turistas que a tenham como mais uma opção oferecida para viajar pelo mundo, por meio das páginas e das letras.

No caso de da praia de Touros, que tem uma rica história e uma rica cultura, podendo ser o diferencial do litoral norte potiguar, a biblioteca pública poderia ser um dos equipamentos de conhecimento da literatura local, para que o visitante e turista pudessem descobrir obras como Touros à Meia-Tinta, Um gosto Amargo de Fim, Cisco da Praia, Touros-uma cidade do Brasil, Itajubá Esquecido, Noturno de Touros, Emoções Rimadas, Livro D’Alma e tantos outros autores tourenses.

Por outro lado, a biblioteca seria o grande suporte de uma educação integral, possibilitando um trabalho interdisciplinar, de forma a preparar as novas gerações de tourenses para, além de conhecerem os clássicos universais, as literaturas brasileira, potiguar e local, aprenderem a valorizar e respeitar sua própria cultura e história.

Infelizmente o município carece de tão importante equipamento, que poderia se tornar realidade, buscando apoio na classe política e órgãos federais que, especificamente, dispõem de recursos para viabilizar tal empreitada.

Sempre bato nessa tecla quando abordo Touros em meus textos: Touros precisa cobrar a sua fatura, quando se trata de ser um município com a história e a riqueza que tem. Essa iniciativa tem que partir, prioritariamente, do poder público.

Touros não pode sucumbir ao longo do tempo. Touros é a Esquina do Brasil.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Arcanjo, a solidariedade e o ceticismo




Em uma quarta-feira de tarde nublada, no mês dedicado à louvação de Maria, a mãe de Jesus, Arcanjo pegou um ônibus para assistir mais um dia de aula. Como de costume encarou o velho engarrafamento, fruto da visão de modernidade que prefere mais carros na rua a um transporte público de efetiva qualidade.

Ao entrar no ônibus ele buscou um dos assentos da parte traseira do veículo, de forma a facilitar sua vida de estudante na hora da descida. Na terceira parada, Arcanjo percebeu que uma senhora batia insistentemente na porta traseira solicitando a abertura, por parte do condutor.

Como se não bastasse a qualidade do transporte público, o sistema econômico faz com que o motorista de ônibus, além de dirigir, tenha que receber o dinheiro pago pelos usuários ao entrar pela porta frontal do veículo, descartando, totalmente, a figura do cobrador. Essa nova atribuição do motorista confirma o dito popular de que ninguém pode servir a dois senhores.

Nesse caso, a vítima imediata do serviço dobrado foi a senhora que batia insistentemente na porta traseira. Ninguém no ônibus, muito menos Arcanjo, tomou a iniciativa de solicitar a abertura da porta.

Do lado de fora um cidadão resolveu bater com mais força até que o motorista resolveu abri-la. A senhora estava com uma criança de colo, a qual não dava para ser vista do local em que Arcanjo estava sentado. Nessa hora bateu-lhe um sentimento de culpa, ao mesmo tempo em que passou a refletir sobre as ações e reações humanas constatadas no dia a dia das ruas, ou assistidas no noticiário televisivo, mostrando a vida nas grandes cidades, em que pessoas são espancadas e mortas barbaramente.

Pegar ônibus era uma rotina comum para Arcanjo. Nesses tantos trajetos feitos, viu de tudo um pouco: aquele vendedor que o motorista não deixar entrar para vender suas balas, o ceguinho que não desperta a atenção em busca de subir no transporte para ganhar uns trocados...

Foi ai que Arcanjo, o usuário/estudante, pensou, “as ações de nós mesmos, seres humanos, estão fazendo com que deixemos de ser solidários uns com os outros e passemos ao estágio do medo. Se solicito a abertura da porta para aquela mãe que batia insistentemente para entrar no veículo, corria o risco de ser agredido, e sabe lá Deus as consequências disso”.

O medo fez de Arcanjo um cético. Agora se sentia um cidadão acuado, medroso, porque não dizer covarde. Acreditava que o mundo estava caminhando para o salve-se quem puder; para, primeiro eu, segundo eu, terceiro eu. Não foram esses os valores que ele tinha aprendido. Não foram esses os ensinamentos que lhe transmitiram.

Não podia aceitar passivamente que as ações e atitudes humanas tivessem o desfecho que se prenunciavam, deixando-lhe acuado e calado, estorvado pelo egoísmo e individualismo.

Inusitadamente Arcanjo levantou-se do banco em que estava, venceu o seu medo e gritou: não posso trocar a solidariedade pelo ceticismo. Todos olharam espantados.

Terminado o grito, Arcanjo solicitou parada para o ponto seguinte, desceu do ônibus e dirigiu-se à escola para mais um dia de aula.

Luiz Penha


sábado, 21 de dezembro de 2013

Cidadão tourense



Discurso proferido por ocasião do recebimento do título de cidadão tourense, concedido pela Câmara Municipal de Touros no dia 19 de dezembro de 2013.

Excelentíssimo senhor presidente da Câmara Municipal de Touros, Diego Cavalcanti de Medeiros, por meio de quem saúdo todos os demais legisladores desta casa.
Excelentíssimo senhor prefeito do município de Touros, Ney Rocha Leite, por meio de quem saúdo as demais autoridades aqui presentes.
Minhas senhoras e meus senhores, meus conterrâneos.
Eu sou filho de um “filho das águas do norte”, é assim que começa a canção, de autor desconhecido, cantada por meu pai, Sebastião Penha da Silva, ao longo de toda a sua vida, “Eu sou filho das águas do norte, terra santa feliz onde eu nasci”.
A minha mãe, Neide Penha de Souza, única filha nascida em Natal, a caçula do casal João Penha de Sousa e Tereza Paula de Souza, meus avós; dizia-se que era tourense pela paixão e devoção que nutria por esta terra.
Explicar a minha família, parte Penha da Silva, parte Penha de Souza, é difícil, pois o sogro de meu pai era tio do pai dele, portanto, João Penha era tio de Francisco Penha, família originária do distrito de Boa Cica.
Aprendi desde criança a não ver Touros como a praia de veraneio durante as férias escolares, mas o lugar de minhas origens, a minha entranha. Era aqui que eu ia com a minha tia, Maria de Louro, irmã de meu pai, tomar banho no rio das mulheres, local em que ela levava as roupas de casa para lavar e eu ia para tomar banho, bem como ao rio da barreira, com os primos, depois de terminado o banho de mar, por volta de uma da tarde, como descrito na canção Águas de Touros, de minha autoria.
Era na casa dessa mesma tia que esperava o seu companheiro, Lourival Colônia, chegar, por volta das três ou quatro da tarde, com o peixe pescado, e ali almoçar pirão de peixe fresco. Nessa época as famílias se alimentavam basicamente da pesca, como também de aves (patos e galinhas) criados no quintal de casa, coisa já não tão comum nos dias de hoje.
Nessa mesma época aprendi que lagosta somente podia ser comercializada a partir dos doze centímetros de calda, na casa do pescador Ozias, vizinho de minha tia.
E assim foram tantos outros que conheci, Soldadinho, Cabacinha, Zequinha cabelo, que me levava para pescar lagostinho nas pedras do tourinho.
Esse Touros do meu tempo era a época em que os que vinham para cá abasteciam o carro no comércio do senhor Joaquim Gomes. Quantas filas de carro para abastecer com funil nas latas de combustível de 18 litros, ao lado do cemitério velho, nas tardes de domingo antes do retorno a Natal.
Esse Touros do meu tempo era o Touros que tinha como soldados da polícia militar: Arnaldo, Brito e Murici.
A casa de meus pais, em Natal, era a extensão da casa dos tourenses que precisavam ir ao médico, que precisavam resolver problemas pessoais na capital ou ir para Natal estudar. Quantas famílias não depositaram essa confiança em meus pais deixando seus filhos na casa deles para darem continuidade a seus estudos. Muitos seguiam o curso da vida, muitos voltavam com saudade do torrão amado, parecendo provincianos incuráveis como bem se definia Luis da Câmara Cascudo.
Lembro-me de um sobrinho de meu pai que para poder ir residir em Natal, já que o pai não queria deixá-lo partir, combinou com a minha mãe e foi esperar o carro passar, nas imediações do hospital municipal, por volta das cinco da manhã. Hoje tem uma vida empresarial bem sucedida no estado de Pernambuco.
No tocante à cultura tourense, que sempre foi o carro chefe de minha vida, acompanhei as noitadas de serenata desde pequeno, junto aos meus pais, Bastinho e Neide, que cantavam acompanhados ao violão por Quinca Dú, José Maria, José Antão, Raimundo Colônia e Naldo.
Lembro-me bem dessa época, criança ainda, da imagem de Dr. Orlando, juiz nesta cidade, merecidamente homenageado nesta noite, amigo de meus pais, participando de alguns desses momentos poéticos e culturais.
Não poderia ser diferente já que a minha família sempre teve ligações com os poetas tourenses; meu avô, além de compadre de José Porto Filho, era seu correligionário político.
O meu tio, padre Penha, capelão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, quantas vezes encerrava as missas dominicais da TV Universitária ao som de violões, com as canções de José Porto e Luís Patriota.
Em várias das atividades que exerci, dentro das minhas possibilidades, seja na vida acadêmica ou profissional, procurei sempre exaltar e divulgar o nome de Touros.
Assim aconteceu em minha primeira apresentação musical no teatro Jesiel Figueiredo, no bairro do Alecrim, no dia 03 de agosto de 1987, com o título, “Navegando pela Vida”, cantando e encantando a praia de Touros, com presença significativa do público tourense;
Assim aconteceu na primeira e segunda semana de cultura de Touros, respectivamente, 1988 e 1989, idealizadas pelo amigo João Bosco Araújo Teixeira e por este que vos fala; assim aconteceu na criação da Fundação Cultural José Porto Filho, idealizada por Ivanildo Penha, que reeditou o livro “Emoções Rimadas”, de José Porto Filho e, posteriormente, o CD “Ivanildo Penha e Convidados”, divulgando o cancioneiro tourense;
Assim aconteceu quando da instalação da comissão provisória do Partido Socialista Brasileiro – PSB, neste município, após sua reorganização em 1985, e daí o lançamento da candidatura a vereador de Francisco Joaquim da Silva, o popular Zé Mamão, liderança surgida no seio dos pescadores artesanais.
O pai da atual vereadora Nalvinha obteve 200 votos nas eleições de 1988, em todo o município. A sua eleição não se concretizou em função de não ter havido coligação com outras siglas partidárias;
Assim aconteceu quando de minha candidatura a vereador pelo Partido dos Trabalhadores – PT, no ano 2000, tendo Cesar Oliveira como candidato a prefeito e Ivanildo Penha a vice.
Assim também aconteceu quando da instalação da fábrica de castanha de caju da Vila Assis Chateaubriand, quando Bosco Teixeira era consultor da Fundação Banco do Brasil, estando eu nessa luta juntamente com ele.
Todas essas ações e realizações, sempre pensando em buscar o melhor para o município de Touros.
Com as minhas filhas o sentimento é o mesmo. Procuro fazer com que o amor por Touros seja um amor entranhado, residindo ou não neste município. É sangue que corre na veia, é raiz.
Nesse contexto, já me sentia de fato um filho do município de Touros, agora, com a concessão deste título (por iniciativa de Dione Maria do Nascimento e a concordância do pleno desta casa legislativa) gostaria de dizer que sou filho de fato e de direito.
Agora posso cantar com propriedade, como diz e canta meu pai, na modinha de autor desconhecido, “Eu sou filho das Águas do Norte, terra santa feliz onde eu nasci”.


Luiz Cláudio Penha da Silva

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Congresso do PSB - década de 1980.


Congresso do Partido Socialista Brasileiro - PSB, no final da década de 1980, em Brasília, Congresso Nacional. Da esquerda para a direita: Luiz Penha, Waldson Pinheiro, Antônio Houaiss, Gorete, Manoel Duarte (Manu), Worton, Veríssimo, Maurício (Baíto) e Rinaldo Barros. 


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vida e Obra do Monsenhor João Penha Filho

Este vídeo eu produzi em 2003, nos 50 anos de sacerdócio do padre Penha. Este ano, em 15 de novembro, ele faria 60 anos de sacerdócio.






segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A canção abaixo eu compus para a APAE tourense, há algum tempo, e cantei nas comemorações de seus 30 anos. Momentos muito emocionantes.

Canção para a APAE (Filhos do Amor Consagrado)

Ê Mãe, eu quero a libertação
Ah! Pai, eu quero a integração
 Na luta pro mundo sorrir
Eu quero também ser feliz

Aos filhos do amor consagrado
Excepcionais cidadãos
Juntemos os nossos esforços
Banindo a discriminação

Vencendo todo o preconceito
Buscando a socialização
Os apaeanos tourenses
Os filhos do mesmo rincão

Aos nossos irmãos apaeanos
Soldados da integração
Rendamos a nossa homenagem
Na luta em prol dos irmãos.

terça-feira, 13 de agosto de 2013





Calam-se as violas, os cavaquinhos e a percussão. O silêncio deste dia é para reverenciar alguém que tinha a música como um dos prazeres da vida. Foi assim, muitas vezes, nos bares e casas de inúmeros tourenses que tive o prazer de partilhar da amizade, da alegria e da convivência com Pedro Antas.
A convivência com a família Antas é bastante antiga. Lembro-me do padre Antônio Antas, com sua batina e chapéu preto, entrando na residência de meus avós, no bairro do Alecrim, e me colocando em seu braço, quando criança.
Pedro, a sua jornada foi cumprida; as lembranças de tantas músicas tocadas e cantadas nesta terra do Bom Jesus dos Navegantes ficarão em nossa memória.
Como diz o poeta Luiz Patriota: “Cantei um dia para acalentar a vida...”.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Biografia de Vitalina






Biografia de Vitalina Maria de Barros

Resgate biográfico: Lenira Barros
Texto poético: Luiz Penha

Boa noite pessoá, bem vindos ao arraiá
A cultura do lugá e também a regioná
agradece este espaço para se consolidá.

Quem tá aqui fique sabendo que este é o VI arraiá
Arraiá da Vitalina, uma moça do lugá,
que nasceu no Ceará, dos verdes canaviá.

Sua infância e juventude foi vivida no lugá
No lugá dos Navegantes,
Bom Jesus, lá no altar.

Fazia seu labirinto, artesanato praieiro
Lavava roupa dos outros, prá ganhar o seu dinheiro
Em se tratando de fé, Bom Jesus era o primeiro.

Gostava de caridade, com seu jeito bem fagueiro
De três amigas cuidava, que também envelheceram,
Joaninha, Maria e Bastinha, no casarão janeleiro.

Solteirona sempre foi, como diz o próprio nome
Vitalina quer dizer, a mulher que não tem homi
Como diz o verso antigo, Vitalina bota pó
Tu sabe que moça veia não sai mais do caritó.

A sobrinha, Ana Ponga, acolheu muito essa tia
Vitalina fez história e viveu com simpatia
Sentada naquela porta do casarão das antiga
Na avenida da cidade que foi sua por toda a vida.

Em maio de oitenta e cinco, aos cento e cinco de idade
Vitalina Maria de Barros, moça veia de verdade
Partiu da cidade de Touros, pro andar da eternidade.

O Arraiá tá aqui prá isso
Prá festejar a cidade
a cultura e a história, desse povo que tem idade
Visitantes aqui presentes podem ficar a vontade
A Esquina do Brasil os recebe com felicidade.

terça-feira, 25 de junho de 2013

1ª Semana da Cultura - 1988




Este cartaz tem exatamente 25 anos. É o cartaz de divulgação da 1ª Semana de Cultura de Touros, em 1988. Memorável lembrança de um evento que envolveu a comunidade tourense.